6/17/2016

Henrique Mota preside à Federação Europeia de Editores




Editor independente que em 1997 fundou a Princípia Editora, e livreiro também independente, na Ferin, desde 2011, Henrique Mota assumiu hoje a presidência da Federação Europeia de Editores (FEP) de que era vice-presidente desde 2014..

A Lusa divulga a notícia, os media replicam-na e a APEL congratula o novo presidente da FEP. Mas a eleição justifica muito mais do que notícias, declarações e entrevistas.  Os profissionais, as instituições públicas e as restantes entidades que actuam no mundo do livro em Portugal devem, precisam, entender esta  escolha interpares de uma forma bastante mais abrangente e profunda do que a honra de ter um português numa posição internacional que prestigia a edição e a cultura portuguesas.

A Federação Europeia de Editores agrega 28 associações de editores dos mais diversos países europeus, produz relatórios e informações estatísticas relevantes para a indústria do livro e assume posições da maior importância para defesa da primeira das indústrias culturais na Europa com um volume de negócios de perto de 22 biliões de euros. A FEP é especialmente activa no que se refere à divulgação do livro, à promoção de hábitos de leitura, à salvaguarda de direitos de autor, à contenção de impostos sobre todo o tipo de suporte de leitura,  e em tudo quanto signifique diversidade, pluralidade e democratização do acesso à informação e ao conhecimento através do livro, incluindo o importante papel desempenhado pelos protagonistas independentes.

É-me grato salientar o empenhamento, o entusiasmo e a eficácia com que Henrique Mota tem vindo, de há muito, a representar a APEL e a defender os interesses dos profissionais do livro em Portugal junto das mais diversas instâncias internacionais. Posso testemunhar com isenção o mérito do trabalho e dos resultados que tem obtido, porquanto nem sempre, nem em tudo, estivemos ou estamos em completa convergência de ideias; mas sempre temos mantido uma relação frontal, aberta e séria que me permite não ter qualquer dúvida de que o exigente mandato que agora inicia não se limitará a um  mero exercício de prestígio pessoal, mas sim ao desbravar de caminhos que reforcem  o sector.


É tempo propício para os profissionais do livro em Portugal porem de lado as diferenças que os separam e, concentrando-se no essencial dos muitos interesses que têm em comum, se envolverem activamente, por via do movimento associativo, nas oportunidades que esta eleição pode propiciar para acrescentar valor à edição e comércio livreiro. É também momento certo para as instituições públicas que tutelam o livro no nosso país e as restantes entidades que o tomam como instrumento privilegiado de desenvolvimento sociocultural, juntarem esforços no sentido de robustecer e dignificar o conjunto de acções que levam à sua divulgação junto do público leitor e ao fomento do interesse pela leitura por parte de novos públicos.

6/15/2016

A edição contemporânea na Iberoamérica



Apresentação e programa do Simpósio Internacional que visa fazer um ponto da situação a partir dum olhar multidisciplinar assente na apresentação de comunicações por especialistas nesta temática, podem ser consultados aqui.