11/21/2012

Análise de originais para possível publicação, uma filosofia e uma práxis


Não me passaria nunca pela cabeça apresentar senão a minha maneira de ver e fazer uma avaliação de original (ou obra em análise para possível publicação – entenda-se uma obra estrangeira a traduzir ou uma reedição de uma obra anteriormente disponível no nosso mercado, etc). Cada profissional, nas mais diversas áreas, entende e cumpre cada função de modo próprio e, numa tarefa como esta que envolve pensamento estratégico, ainda mais a perspectiva é, como deve ser, individual. Não pretendo de forma alguma apresentar qualquer tipo de abordagem normativa. Há editores que avaliam obras pela leitura da primeira linha e há outros que só o fazem analisando a a obra inteira de um autor minuciosamente. Os métodos diferem e nenhum deles garante o sucesso, da mesma forma como, em princípio, nenhum dita o seu fracasso.

Como em todas as tarefas que compõem o trabalho das ditas indústrias criativas, há sempre uma grande margem deixada ao instinto, instinto esse que pode ser mais ou menos sustentado pelas mais diversas experiências.

Acredito que cada um desenvolve o método que o deixa mais confortável perante a sua decisão. Da mesma forma como acredito que há quem tenha talento e quem não o tenha, como em tudo na vida.

O método de que falo a seguir é o que cumpro já há uns anos e vale o que vale. É o meu, tem sofrido alterações (espero que evoluções), tem aprendido e crescido.

1 – PRIMEIRO CONTACTO, APRESENTAÇÃO E ENVIO

Já o disse nas páginas deste blogue que acho da maior importância que os autores proponentes (e o mesmo vale para um agente de direitos) oriente a sua proposta em função da editora-alvo que selecciona.

Uma editora nacional com um pouco de nome recebe dezenas de originais por semana. Na Cavalo de ferro, editora da qual fui sócio fundador e editor e uma casa especializada em literatura em tradução, apesar de durante uma temporada termos tido um aviso bem claro no nosso site informando que não publicávamos autores de língua portuguesa, recebíamos dezenas de originais por semana. Isto na maior parte dos casos é um desperdício de dinheiro por parte dos candidatos a autores. Da mesma forma os grandes grupos editoriais recebem dezenas de originais de poesia por semana. Ora sabemos que a sua vocação editorial não é esta. E as pequenas editoras de nicho e grande grau de especialização recebem propostas de romances comerciais ou livros sobre dietas…

Um editor que recebe um original mal orientado percebe de imediato que, antes de qualquer outra coisa, está perante um autor que lê pouco (grande mal do nosso país de poetas onde muitos escrevem e poucos lêem). Isto desde logo é algo desmotivante. Um autor que seja um leitor saberá certamente quais as editoras que publicam o tipo de livros que ele escreveu. E sabe-o porque os leitores funcionam por afinidade. Outro problema com o facto de os autores proponentes lerem pouco revela-se muitas vezes pela noção claramente transmitida pelo texto relativa aos modelos ultrapassados (exemplificando: a grande maior parte dos originais de poesia ficou-se pela influência da Florbela Espanca como se nada mais tivesse surgido na literatura nacional e internacional desde essa altura). Claro que há sempre uma possibilidade muito reduzida de estarmos perante o génio: alguém que sem conhecimentos, sem uma cultura literária, consiga, ainda assim, apresentar uma obra magnífica. Essa é a excepção que confirma a regra. Nunca encontrei um caso assim.

Passando à frente e abordando agora a questão do primeiro contacto em termos de apresentação.

Convirá deixar claro que, nos tempos que correm e por motivos já atrás mencionados e debatidos neste blogue, os ritmos de trabalho na edição hodierna são exigentíssimos. Assim e por muito que eu possa perceber a importância que um autor atribui a vir pessoalmente apresentar a obra ao editor, essa abordagem resulta geralmente mal. O editor tem muito pouco tempo e provavelmente nem vai conseguir estar muito concentrado naquilo que está a ouvir. Acresce a isso que um autor com grande capacidade de comunicação não garante, de forma alguma, um autor com potencial editorial ou literário.

A edição em Portugal vive um momento de claro excesso de publicações pelo que a triagem tem de ser minuciosa. Isto influi sobre a forma de estar/ser de um editor, sobre o tempo que tem disponível (e que é muito pouco) e sobre a sua capacidade de atenção.

Há editoras que solicitam o envio de originais por e-mail. Mais uma vez o digo: cada um tem o seu método, mas não estou a ver um editor a analisar as dezenas de originais no seu monitor de computador ou a gastar dinheiro a imprimir os mesmos.

A forma tradicional, o envio do texto por correio, continua a ser a melhor. Eu continuo a gostar de ler em papel e dá-me muito mais jeito para escrever notas nas margens ou verso da folha.

Nota: autores, considerem que quando enviam um original para uma editora, dificilmente o verão ser devolvido. Como vos disse, uma editora recebe centenas de originais por mês. Os custos de devolução ou sequer a existência de um espaço físico onde possam ser guardados de forma organizada são geralmente incomportáveis com a realidade das editoras.

Quando um autor me contacta a perguntar qual a melhor forma de apresentar um original, peço o seu envio por correio. Costumo também pedir para não me enviarem o documento todo. Apenas umas 30 a 50 páginas, precedidas de uma sinopse e de um CV do autor.

Faço-o por vários motivos:

- A sinopse permite-me aferir da adequação da obra ao catálogo da editora onde trabalho. Nessa sinopse deve ser incluído igualmente o número total de páginas da obra.

- O facto de receber entre 30 a 50 páginas passa pelo facto de eu não acreditar que uma obra que não consiga prender/interessar ao leitor nas primeiras 30 a 50 páginas possa funcionar comercialmente. Mais adiante explicarei o que entendo por este “funcionar comercialmente”.

- O CV do autor dá-me pistas sobre a formação, influências e capacidades do autor. Não é, de forma alguma, um elemento decisivo ou decisor. É um instrumento de apoio.

Pequenas chamadas de atenção:

- Por muito que seja boa educação, evitem as cartas manuscritas de apresentação. Nós editores temos geralmente a vista cansada de ler.

- Não enviem textos impressos com corpo de letra 10 ou menor, sem linhas de separação e com uma mancha de texto visualmente agressiva.

- Não enviem textos impressos com tipos de letra originais e divertidos, Times New Roman, Garamond, Windsor, letras clássicas e de fácil leitura. Sobretudo nunca enviem textos impressos em Comic Sans.

- Se as obras incluem ilustrações, enviem um ou dois exemplos. Se o editor quiser ver mais, pedirá. Tenham a consciência que a impressão a cores é bastante dispendiosa e tentem perceber que tipo de ilustrações se adequa ao vosso tipo de livro. Vão a uma livraria e vejam edições similares.

- Não escrevam na vossa apresentação ou sinopse que acham que a vossa obra tem grande potencial comercial. Essa é uma decisão do editor. Esta recomendação funciona por extensão para as vossas opiniões sobre a vossa própria obra. Eu pessoalmente também não gosto de receber a informação de que a obra foi lida pelo professor X ou pelo Autor Y que a considerou muito interessante mas sei que há editores que prezam essas opiniões.

- Evitem erros ortográficos e de sintaxe pelo menos na sinopse e apresentação (mais ainda no CV). Tenham cuidado com a apresentação. Um original enviado a uma editora deve ser apresentado com os cuidados que antigamente se dedicavam à toilette de Domingo. (Fica aqui uma nota muito clara a dizer que o mesmo vale para quem faz testes de tradução, envia CVs para o lugar de revisor ou outro – sim, esta nota é muito necessária, infelizmente).

2 – CRITÉRIOS, MÉTODOS DE ANÁLISE, CONSIDERAÇÕES ESTRATÉGICAS

Há uns anos, ou no Blogtailors ou na revista dos Booktailors, escrevi um texto sobre o que entendia serem os requisitos de um editor moderno. Ainda não mudei de opinião. O editor moderno deve, para além da sua função na máquina editorial, ser um profundo conhecedor dos processos a montante e a jusante. Digam-lhe ou não directamente respeito. O editor moderno tem de ser pessoa de vários ofícios: tem de ser editor, em primeiro lugar, mas deve ser crítico, analista de mercado, psicólogo, diplomata, comercial, marketeer, e muitas vezes financeiro. Isso vai sendo cada vez mais necessário, sobretudo no ambiente das grandes empresas em que as decisões estratégias e até editoriais são mais e mais amiúde tomadas por quem nada sabe do público final ou de livros.

Recebido um original e decidida a sua análise (há sinopses ou apresentações de obras que evidenciam de imediato a sua desadequação), costumo fazer uma leitura simples da obra. O editor deve ser capaz de “esvaziar“ a sua cabeça e fazer uma leitura como um leitor médio. O editor tem sempre de posicionar a sua leitura ao nível da dos leitores.

Dessa leitura deve em primeiro lugar ser aferida a qualidade da obra. A qualidade da obra é definida por um conjunto de atributos: qualidade da escrita, originalidade do tema, da abordagem e do estilo bem como o resultado final. Muitas vezes uma obra não consegue uma avaliação boa em qualquer destes atributos mas no compto geral consegue ser um todo harmónico, coisa que muitas obras que conseguem ser triunfantes em vários dos mesmos atributos nunca chegam a conseguir.

A análise acima é a mais pessoal e cada editor terá metas e notas diferentes a dar consoante o seu perfil de leitor e consoante o tipo de obra em causa. Dessa análise, determinará também o editor, a necessidade de alterações, correcções, adendas ou eliminações que considera necessárias.

Uma segunda análise deve ser feita em seguida e passa pelo conhecimento que o editor tem de ter do mercado editorial e em particular do segmento editorial no qual se insere a obra em análise.

Essa análise passa por perceber em primeiro lugar o seu funcionamento comercial. Explico agora o que quero dizer com isto. Para mim saber se uma obra funciona comercialmente significa saber se dentro das tipologias nas quais insiro a obra e das expectativas que cada tipologia/segmento determina como expectativas médias, a obra faz ou não sentido. Por exemplo: se estou perante um romance “cor-de-rosa” eu preciso de determinar se este está à altura dos rivais no mercado; se estou confrontado com um livro cuja publicação se justifica pelo prestígio que traz a um catálogo ou editora, se ainda assim ele cumpre os requisitos expectáveis desse tipo de livros. Ou seja, dizer que um livro é ou não comercialmente funcional não significa que o editor obrigue a obra a ser rentável na sua apreciação mas a saber que pode ter nas mãos um livro excelente mas tão hermético que apenas 50 pessoas o entenderiam.

Por outro lado é necessário um conhecimento grande do mercado. É preciso saber bem qual o espaço que o mercado dá a determinadas obras. Erro grosseiro de muitas editoras tem sido a edição sistemática de livros de determinada tipologia/género quando há livros muito semelhantes no mercado e incapacidade dos compradores em esgotá-lo. O editor de um livro que se destine a um destes espaços já sobre-lotados tem de estar certo das mais-valias que a obra tem e que a podem destacar acima das demais.

A partir daí a decisão final que deveria caber ao editor mas é cada vez mais tomada por gestores, é definir dentro das necessidades da empresa a possibilidade de encaixe do título aprovado.

Pelo meio disto, o editor teve também de ponderar a lógica do enquadramento de determinada obra numa linha, colecção ou chancela: a obra pode ser excelente mas não fazer sentido numa determinada linha editorial. Caso se determine a sua saída, o editor deverá meditar bem o entrosamento da obra com os restantes títulos a sair na mesma linha/chancela/colecção para que não haja choques ou canibalismo comercial. Deverá conciliar os factores atrás determinados com o momento de publicação ao longo do ano, conhecendo como deve conhecer, os momentos de oscilação do mercado, os momentos ideais para apresentar novos autores, para obter as atenções da crítica/imprensa especializada, para propiciar determinados objectivos comerciais, etc.

As condicionantes a todo este processo variam imenso de editora para editora e podem passar pela disponibilidade financeira, as determinações do mercado, as decisões administrativas e estratégicas que podem privilegiar uma colecção/linha em detrimento doutra, a prevalência da importância de um título sobre outros por questões do momento, etc, etc, etc. Claro que a generalidade destas condicionantes é a responsável por boa parte do caos reinante na lógica de edição de linhas, colecções e catálogos. Caberá ao editor directamente ou em discussão com a Administração da sua empresa, tentar minorar os danos causados pelas condicionantes que determinam alterações ao programa determinado pelo editor.

Pensados todos estes pontos, pelo menos numa primeira abordagem, o editor deve, a partir desse momento, comunicá-los, discuti-los e explicá-los com e ao autor depois de o informar do interesse em fechar contrato e publicar aquela obra. E aqui entramos no território, amplamente discutido atrás neste blogue, da relação Autor/editor.

Hugo Xavier

10 comentários:

  1. Caro Hugo Xavier,

    A abordagem deste tema tem tanto de relevante como, digamos, de perigo em se entrar pelo caminho da «pescadinha de rabo na boca». Vou então directo ao assunto.

    Por mais profunda, isenta e qualificada que seja a apreciação feita por qualquer editor, e independentemente da técnica que utilize, há sempre uma margem de subjectividade impossível de ultrapassar e que pode levar a uma imerecida recusa de publicação; o que nem sempre é mau, porque, de certa forma, e desde que o autor seja perseverante e esteja convicto do mérito dos seus textos, sempre poderá encontrar um outro editor que se identifque mais fortemente com o seu estilo e, a partir daí, estabelecer-se uma parceria virtuosa e «ganhadora».

    Sob o ponto de vista do autor, algumas «negas» iniciais também podem ter as suas virtudes. Afinal de contas, na escrita como na vida, as facilidades nem sempre dão os melhores frutos. E se um autor desiste à primeira dificuldade... não é de prever que tenha um futuro brilhante.

    Não tendo exercido como editor e também não me podendo considerar escritor só pelo facto de ter visto publicados três livros de minha autoria, todos muito específicos, resta-me o envolvimento de várias décadas no mundo dos livros, a maior parte das quais como gestor de uma grande casa editorial, para testemunhar que o rigor técnico e a ética comportamental, de autores e de editores, marcam o caminho para o sucesso e a realização pessol e profissional de ambas as partes.

    Afortunadamente, tive a oportunidade de presenciar, e por vezes intervir, em múltiplas e diferenciadas relações autor-editor e também editores-autor, autores-editor e editores-autores, que por norma se revelaram exemplares nos referidos domínios do rigor e da ética, mas também da criatividade, da qualidade, do empenhamento e do respeito mútuo. Por isso, concordo substancialmente com este seu attigo.

    Rui Beja

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  2. Muito obrigada por este texto. É muito elucidativo, confirma, por exemplo, que o gosto pessoal do editor também influencia a decisão, até porque há métodos diferentes de análise. E, no entanto, há editores que dão a impressão de serem donos da verdade, do género: o que eu aceito é digno de ser publicado, o que eu recuso não é.

    Também achei interessante que diga que a versão em papel é a melhor. Quer isso dizer que muitos dos originais enviados por email não são lidos? Enfim, o envio por email é muito mais rápido e económico. Mas, já agora, digo-lhe que já consultei sites de editoras alemãs e todos dizem: não envie originais por email, não serão lidos! Se bem que eu ache que os "e-readers" dão outras possibilidades. Não considera, por exemplo, descarregar um original enviado por email para um "e-reader"? Ou lê-lo no iPad?

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  3. Bom dia Cristina,
    Em primeiro lugar disse que esta é a minha forma de ver e fazer "a coisa". e sou ainda um adepto de pensar e anotar e escrevinhar em cima dos textos dentro da minha lógica caótica. E isso não se coadunacom Ipads (e outros) na sua forma "organizada e limpinha".

    Quanto às editoras alemãs e muitas anglófonas, estamos a falar de outros territórios e de outros métodos. Sobretudo territórios onde há dinheiro para pagar a "leitores2 profissionais. raramente um editor pega num original enviado para a editora. O leitor é encarregue de fazer a sua análise e fá-la do modo que achar melhor, imprimindo ou lendo em computador ou num qualquer reader.

    Em Portugal as poucas editoras que pagam [misérias] a leitores fazem-no apenas em casos excepcionais de dúvida perante um texto, e os originais que chegam aos leitores nesses casos, foram anteriormente triados provavelmente por assistentes editoriais sem grande experiência e fora do horário laboral com tudo o que isso implica.

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  4. Caro Rui,
    Apenas uma nota para dizer que a apreciação de um original nunca poderá deixar de estar sujeita ao critério/gosto/preferência do editor. É precisamente esse critério que define a linha editorial e é sobre esse critério que a máquina editorial deve funcionar (para o bem e para o mal), caso contrário passaremos a funcionar como muitas editoras americanas que escolhem títulos em catálogos, sem leitura, sem lógica ou estratégia editorial e cuja posterior edição vê as suas expectativas comerciais centradas no "obra-a-obra" e não numa lógica de marca/colecção/linha que poderia, nas mãos de um departamento de marketing e comunicação competente e, sobretudo, conhecedor, trabalhar essa coisa tão em falta que é a fidelização de autores.

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  5. Mesmo lá fora a função de fazer a triagem de originais cabe aos mais inexperientes. São os estagiários a assistente editorial que têm por função vasculhar a «pilha» e separar o que interessa.

    É claro que essa primeira triagem é, como o Hugo também falou, mecânica: livros fora do espectro de publicação ou claramente inviáveis.

    A malha é tão apertada e o tempo tão pouco que alguns devem ter direito a 2 segundos para provar o que valem, o que é injusto e suscita logo que existem elementos externos ao texto a influenciar a decisão (erros ortográficos, más escolhas de paginação ou tipografia, suporte pouco indicado, etc.).

    É por essas e por outras que nos principais mercados nenhuma grande editora recebe diretamente originais, todos os textos têm de vir já selecionados, trabalhados e apresentados por agentes literários.

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  6. Na Alemanha são quase sempre leitores profissionais que recebem uma avença, em Espanha, as grandes editoras adoptam também já este sistema. Os ingleses e americanos não aceitam originais e quando o fazem são, de facto os assistentes a fazer a triagem daquilo que vai para leitores e do que vai para o lixo.

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  7. Sim, sei que na América (do Norte) as editoras só aceitam originais de agentes literários, talvez na Inglaterra seja semelhante. Na Alemanha também já há muitos agentes literários, mas, normalmente, qualquer pessoa pode enviar originais. Impressos, pelo correio, como disse.

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  8. No Brasil , as coisas são mais simples, desde de que você tenha dinheiro. Qualquer um , eu disse qualquer um pode ter uma obra publicada desde de que arque com os custos. Isso é O que chamamos de “vanity publishing” - uma editora que se aproveita da “vaidade” do autor para lhe publicar o livro à sua custa. E não espere vender mais por causa da editora ou da “distribuição”!

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    1. Caro Alécio, em Portugal o Vanity Publishing também floresce. Aliás, até nos EUA, no Reino Unido ou França o fenómeno existe e ganha proporções significativas.
      Mas são coisas distintas a prestação de serviços editoriais e a edição, é pena é que quase sempre sejam vendidas como se fosse a mesma coisa.
      Mas em relação à segunda parte, discordo, se alguma coisa é responsável por maiores vendas é a distribuição e a capacidade comercial da editora.

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  9. Voltando ao começo fica aqui um texto que desconhecia, do Francisco Vale (editor da Relógio D'Água) sobre a publicação de um primeiro livro:
    http://relogiodaguaeditores.blogspot.pt/2009/07/como-editar-um-primeiro-livro.html

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