Para quem não saiba, a editora brasileira Cosac Naify anunciou o seu encerramento.
Caso também não saibam, a Cosac Naify era, provavelmente,
uma das mais extraordinárias editoras do mundo, e certamente a mais
extraordinária em língua portuguesa, porque não só apostava em nichos culturais
de difícil retorno, como arte, design, cinema, arquitectura ou fotografia (para
além da literatura, onde se destacam a existência de autores portugueses como
Valter Hugo Mãe) mas, acima de tudo, fazia-o com uma qualidade gráfica e de produção
difíceis de igualar.
Ou seja, eram um dos meus heróis.
Charles Cosac, o seu fundador e director, justificou o fecho
com a incapacidade de poder continuar a publicar como gosta, ou seja, com
qualidade. Que não está para reciclar livros em domínio público (como tinha já
começado a fazer) para tentar pagar contas ou passar a publicar livros mais
comerciais.
Ou seja, é ainda o meu herói.
(pena tenho é que a
realidade não seja aos quadradinhos)
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